Linha do tempo

1944
Podemos dizer que os primeiros passos para instauração da Biblioteca Pública Municipal de Americana, se deram com a formação de uma Comissão Municipal instituída pelo prefeito João de Castro Gonçalves, através do decreto n. 74 de 09 de maio de 1944.

1949
O prefeito Antonio Pinto Duarte, através da lei n. 222 de 19 de maio de 1949, cria a Biblioteca Pública Municipal.

1952
Pelos registros encontrados, constata-se que pouco ou quase nada foi feito pela Biblioteca nessa época, uma vez que, Walter José Faé, através da imprensa, denuncia a falta de uma Biblioteca Pública no município.

1953
“Retrocesso cultural” era o conceito do editorialista do Jornal “O Liberal”, sobre a situação do município sem uma biblioteca pública. Nota-se que, embora a Biblioteca tenha sido legalmente criada, nada de concreto existia.

1954
José Paciulli, deputado estadual, encaminha à Assembléia Legislativa, projeto de lei n. 522-54 sobre a criação de uma Biblioteca Pública para Americana.

1955
O Rotary Club, sensibilizado com o problema, propõe uma campanha visando arrecadar cerca de 80 a 100 livros de cada membro do clube, para formação de um acervo destinado à Biblioteca Pública.

O prefeito Jorge Arbix cria a Biblioteca, através da lei n. 165 de 25 de outubro de 1955. Nessa lei, fica determinado o horário de funcionamento (14h às 17h – 18h 30min às 21h – exceto aos domingos); que o patrimônio seria formado através de compras efetuadas pela prefeitura e doações oferecidas por departamentos estaduais ou institutos oficiais, além de doações fornecidas por particulares; estipulava forma de consulta, prazo para empréstimos de livros, abertura de crédito especial para pagamento de aluguel e salário da bibliotecária.

Contrata-se a primeira bibliotecária: Maria Aparecida De Angelo.

1956
O prefeito Abrahim Abraham promulga a lei n.177 de 27 de abril, abrindo crédito especial para compra de mobiliários para a Biblioteca Municipal.

Pelas informações extraídas do jornal “O Liberal” de abril de 1956, constatava-se que o acervo da Biblioteca era de apenas 586 volumes, dos quais 481 eram circulantes, a freqüência de público registrada era de 107 pessoas. Além da escassez de livros, registrava-se escassez de mobiliários, pois sequer uma máquina de escrever a Biblioteca possuía.

1957
O prefeito Abrahim Abraham, firma o primeiro convênio com o Instituto Nacional do Livro, lei n. 229 de 11 de fevereiro.

1959
A portaria n.665 de 20 de janeiro de 1959 o prefeito Abrahim Abraham efetiva Maria Aparecida de Angelo no cargo de bibliotecária.

1961
A imprensa local critica e propõe funcionamento da Biblioteca Pública no horário noturno.

1963
O prefeito na época, Cid Azevedo Marques, exonera, a pedido, a bibliotecária Maria Aparecida de Angelo. Embora não se sabendo ao certo, é provável que a funcionária Ursulina Bianco passa a responder pela biblioteca, levando-se em conta o registro de contratação desta funcionária na Prefeitura Municipal.

1965
Com o apoio da União Estudantil Americanense, surge a Biblioteca Ambulante, também conhecida por “Biblioteca Volante” ou “Caravana da Cultura”. Essa iniciativa tinha apoio promocional do comércio e indústria, e seu principal objetivo era percorrer os bairros mais afastados, oferecendo seus serviços à comunidade. O veículo utilizado era uma “perua Rural Willys” adaptada, que acomodava cerca de 600 volumes. Tal iniciativa durou apenas um ano.

Ainda em 1965, a Biblioteca recebe 500 livros doados pelo I.N.L. – Instituto Nacional do Livro.

1966
A comunidade procura ajudar, fazendo inúmeras doações no decorrer do ano. É feita assinatura de um periódico de grande circulação: “O Estado de São Paulo”. O horário de atendimento é alterado e a Biblioteca passa a atender também no período noturno, das 19h às 22h.

1967
O acervo nessa época era estimado em 4.000 volumes. A frequência de estudantes cresce com o estímulo dos professores do Ginásio Industrial Estadual, que orientavam seus alunos a consultarem o acervo da Biblioteca Municipal para desenvolverem seus trabalhos escolares.

1970
Abdo Najar,prefeito na época, determina novo horário da atendimento da Biblioteca. Pelo decreto n.459 de 17 de abril, o horário noturno é interrompido, permanecendo aberta somente das 8h às 11h e das 13h às 18h, exceto aos domingos. Nesse ano, a bibliotecária Ursulina Bianco pede demissão.

1974
A direção da Biblioteca ficava a cargo de dois funcionários da prefeitura, Maria Isabel Camargo de Alencar e Carlos Augusto Luchesi.

Através da imprensa, a população faz muitas críticas sobre as condições precárias dos mobiliários, equipamentos e do edifício onde estava instalada a Biblioteca.

Até 1974, sete mudanças de endereço já haviam ocorrido: Rua 7 de setembro (segundo informações de Maria Aparecida De Ângelo), Rua Washington Luiz, 60 (onde hoje funciona o Posto Regional do Trabalho), Prefeitura Municipal na Avenida Brasil, 80 (onde hoje está localizado o gabinete do prefeito), prédio da Merenda Escolar (já demolido e que se situava atrás da antiga Escola Dr. Heitor Penteado), porão da Igreja Matriz de Santo Antonio, e antigo prédio da Prefeitura (Rua Washington Luiz esquina com Rua Vieira Bueno) – nesse mesmo prédio ocorreu outra mudança, do pavimento térreo para o pavimento superior.

A diretora do DECET, Lizete Suzigan, libera verba para aquisição de livros e, mensalmente, novos volumes chegam. O acervo cresce nesse período, pois, além das compras, a comunidade sempre contribuía enviando inúmeras doações. Os números registravam 6.800 livros, e a frequência de usuários era de 80 pessoas por dia.

1975
Nova mudança ocorre, desta vez para o antigo prédio da Câmara Municipal (Rua Washington Luiz, 60). Neste prédio, divide suas instalações de apenas 132m2, com a União Estudantil Americanense (UEA), Clube Filatélico e Numismático e EXPA (Entidade de Proteção e Assitência ao Índio).

Duas funcionárias, Heloisa Cecilia Pavan e Maria Isabel Guimarães, passam a responder pela Biblioteca. Como conseqüência das constantes mudanças, nenhuma organização conseguiu sobreviver. Livros e documentação da Biblioteca foram encontrados encaixotados. Vários meses foram necessários para reorganizar todo o acervo. A recuperação da informação era muito deficitária pois quase todos os fichários se danificaram a chuva ocorrida durante o percurso feito pelos caminhões da Prefeitura na última mudança.

Elizabeth Rondelli, socióloga, faz severas críticas, através do jornal “O Liberal”, sobre o descaso das administrações municipais em relação à Biblioteca.

1976
É aberto concurso para preenchimento da vaga de Bibliotecária. Jocely Rodrigues Teixeira, aprovada no concurso, é nomeada bibliotecária pela portaria n.1438 de 10 de agosto, assinada pelo prefeito Ralph Biasi.

Estimava-se que o acervo de 10.000 livros seria organizado no prazo de dois anos, levando-se em consideração o quadro de funcionários da Biblioteca.

Nesse ano são iniciadas negociações entre o Município e o Governo do Estado, sobre a utilização do antigo prédio do FORUM (Av. Brasil, em frente à Prefeitura Municipal)

1977
O quadro de funcionários da Biblioteca era tão reduzido, que havia necessidade de interromper o atendimento ao público no horário noturno todas as vezes que a funcionária deste período entrava em gozo de férias.

As primeiras estatísticas após a chegada da nova bibliotecária, registravam 9.259 pessoas por ano, 4006 empréstimos de livros e 260 novos associados.

As negociações entre o Município e o Govêrno do Estado para utilização do antigo prédio do FORUM, fracassam. Segundo o diretor do DECET, Antonio Carlos Maluf, este prédio viria a ser utilizado para instalação da Delegacia de Polícia.

O primeiro regulamento sobre o funcionamento e uso da Biblioteca é aprovado pelo prefeito Waldemar Tebaldi, em 28 de fevereiro de 1977, pelo decreto n.946.

1978
Devido ao processo de organização do acervo, os livros “didáticos” só poderiam ser emprestados nos finais de semana. Essa medida, embora necessária, diminuiu a freqüência de usuários nos dois anos que permaneceu em vigor. Em 1978 foi registrado um público de 7.320 pessoas.

1979
Por falta de funcionários, o processo de organização previsto para término em dois anos continua no decorrer de 1979.

Novas aquisições chegam através de compras e doações feitas após celebração de novo Convênio com o Instituto Nacional do Livro.

Mesmo com o reduzido quadro de funcionários, a Biblioteca passa a atender também nos finais de semana, aos sábados das 12h às 17h e aos domingos das 8h às 13h, provocando novo atraso nos serviços necessários à organização do acervo.

Wilson Camargo, diretor do DECET, inicia negociações junto à Secretaria de Estado da Educação, para empréstimo do prédio desativado da antiga Escola Estadual Dr. Heitor Penteado, localizado na rua Vieira Bueno, 172 (hoje Praça Comendador Müller), para uso da Biblioteca Municipal.

A frequência de usuários era de 6028 pessoas, que emprestaram 4205 livros. Durante o ano, 246 pessoas se inscreveram como associadas da Biblioteca.

1980
Para auxiliar nos serviços técnicos e atendimento ao público, a Biblioteca contrata duas estagiárias em biblioteconomia.

Dia 28 de setembro, a Biblioteca é transferida para o prédio cedido pela Secretaria de Estado da Educação, na Praça Comendador Müller.

Mesmo dividindo suas instalações com o Museu de Arte Contemporânea de Americana, a Biblioteca amplia seu espaço físico de 132m2 para 339,24m2, e o movimento de público cresce consideravelmente. Nesse ano 11.551 pessoas foram atendidas, 4.768 livros emprestados e 363 novas inscrições foram feitas.

1981
Ano em que a Praça Comendador Müller foi totalmente remodelada. A obra prejudicou muito o atendimento da Biblioteca, durante os quase 10 meses em que a praça ficou totalmente cercada por tapumes.

Nesse ano foi possível a renovação do quadro de associados, possibilitando melhorias no sistema de empréstimos e cobranças de livros atrasados. Foram registradas 1.093 renovações e novas inscrições.

Com a reabertura da praça e entrega do prédio, quem também passou por reformas, o atendimento é impulsionado, pois, além da organização ser aperfeiçoada, aumentou o espaço para acomodação de um acervo maior e melhor, bem como para comportar mais mobiliários, funcionários e usuários. No ano foram atendidas 14.252 pessoas e emprestados 6.294 livros. Juntamente com a reabertura da Biblioteca, foi inaugurada uma sala especialmente preparada para atendimento do público infanto-juvenil.

1982
Com crescimento diário de público e escassez de funcionários, é aberto o estágio remunerado aos estudantes de biblioteconomia.

O acervo cresce a base de doações da Secretaria de Estado da Cultura. As verbas para aquisições de obras dirigidas aos interesses do público usuário é escassa, e a população utiliza-se da imprensa para reinvindicar a liberação de verbas com esta finalidade.

1983
A Câmara Municipal cogita a transferência de suas instalações para o prédio da Biblioteca. Através de entrevistas prestadas à imprensa local, o então prefeito, Carroll Meneghel, mesmo não conhecendo a estrutura do edifício, mostra-se favorável a acomodar a Câmara juntamente com a Biblioteca e o Museu de Arte Contemporânea. A comunidade, insatisfeita, se pronuncia contrária à mudança pois não vê como instalar a Câmara Municipal sem desalojar a Biblioteca ou o Museu. Após visita do prefeito e vereadores, que consideraram o prédio impróprio para instalação da Câmara, a proposta é esquecida.

Promoções entre Biblioteca e Escolas são feitas com intuito de estimular os estudantes a freqüentarem a Biblioteca.
O DECET e a Secretaria de Estado da Cultura promovem um estudo para construção de um Centro Cultural. Segundo o Chefe da Divisão de Cultura, Jonas Joaquim Godoy, o estado da Biblioteca era considerado precário e prometia verbas para melhorias no ano seguinte.

Novamente o prédio da Biblioteca fica em evidência. Desta vez, a iniciativa parte do prefeito Carroll Meneghel, que predentia a venda de prédios e terrenos da municipalidade com o objetivo de angariar verbas para construção de obras prioritárias. Entre os imóveis, o prefeito cita o prédio onde estava instalada a Biblioteca Municipal. A imprensa enfatiza a falta de esclarecimentos da assessoria do prefeito, uma vez que o imóvel ocupado pela Biblioteca era de propriedade do Governo do Estado e não do município.

Promoções voltadas para o público infantil são desenvolvidas, desta vez com o apoio do DPSHS (Departamento de Promoção Social Habitação e Saúde) e DECET.

Durante o ano são atendidas 31.060 pessoas, 12.990 livros são emprestados, 35.432 consultas são feitas e 925 novos sócios se inscrevem.

1984
Sentindo a falta de um Arquivo Histórico do Município, a Biblioteca inicia trabalhos neste sentido. Tenta junto à Prefeitura, a aquisição de uma leitora copiadora de microfilmes, além da microfilmagem de jornais e documentos históricos referentes ao município. Infelizmente, alegando falta de recursos financeiros, a Divisão de Cultura não adquire o equipamento.

Em maio desse ano, 2.200 estudantes, através de abaixo assinado, reivindicam junto ao prefeito, melhorias quanto ao acervo, horário de funcionamento, ampliação da área para salas de leitura e maior número de funcionários para atendimento.

Em novembro, após contratação de mais funcionários, a Biblioteca amplia seu horário de atendimento e passa a atender também aos sábados no período matutino.

Ventila-se novamente a possibilidade da transferência da Biblioteca, desta vez para o prédio de um antigo supermercado localizado em frente ao Mercado Municipal. Desta vez a proposta foi rejeitada pela direção da Biblioteca pois, além de pequeno espaço o barulho provocado pelo mercado e o trânsito intenso nas imediações inviabilizava a instalação de uma Biblioteca.

Não sendo possível essa transferência, o DECET estuda a possibilidade da construção de um Centro Cultural que pudesse abrigar não só a Biblioteca Municipal, mas o Museu de Arte Contemporânea, Teatro, Oficinas, etc…

O acervo recebe 402 novos livros doados pelo Instituto Nacional do Livro e 1.485 livros são adquiridos pela Prefeitura.
São atendidas 34.531 pessoas, 17.035 livros são emprestados, 29.293 são consultados e 1126 novos sócios são inscritos.

1985
Dia 08 de maio firma-se o Convênio com a Secretaria de Estado da Cultura. Além dos projetos culturais, a Secretaria se comprometia a repassar recursos financeiros que poderiam ser utilizados para aquisições de livros, mobiliários, equipamentos e pagamento do salário de um profissional formado em biblioteconomia.

Vários encontros entre bibliotecários foram promovidos pela Secretaria visando intercâmbio de informações e reciclagem dos profissionais da área.

Obedecendo uma das cláusulas do Convênio, é formada a Comissão Municipal de Bibliotecas (portaria n. 2224 de 02 de abril), composta por 11 membros efetivos e 08 suplentes, sendo Antonio Augusto Zoppi presidente e Olga Bastos Tabalhi Tardelli vice presidente.

A Comissão sugere tombamento do edifício onde funcionava a União Operária (rua 7 de setembro) e transferência do prédio da Biblioteca para aquele local. O Banco do Estado de São Paulo, proprietário da área, executa a demolição das edificações logo após o movimento em favor de sua preservação.

Outro trabalho realizado pela Comissão foi a “Campanha de Ampliação do Acervo de Periódico”, a qual solicitava junto às indústrias e ao comércio local, doações de assinaturas de periódicos diversos.

Além desta, outra campanha solicitando doações foi colocada em prática pela Biblioteca, que entrou em contato com 129 entidades e editoras, solicitando doações de livros, periódicos, audiovisuais, etc…

Luiz Agusto Milanesi, diretor da Divisão de Bibliotecas Públicas do Estado de São Paulo, visita as instalações da Biblioteca Municipal e mantém contato com os integrantes da Comissão Municipal, para saber sobre as propostas do grupo.

A Biblioteca, juntamente com a Delegacia de Ensino e as escolas E.E.P.S.G. João XXIII e E.E.P.S.G. Dr. Heitor Penteado, promovem o projeto “A Criança e a Biblioteca”. Com supervisão das professoras Marilde Arcaro, Glória Azevedo, Nilze Maria Sabatini Nascimbém, Elizabete de Azevedo e Lizete Suzigan, as alunas do magistério desenvolveram atividades recreativas e culturais junto às crianças das escolas carentes da periferia da cidade.
No ano foram adquiridos muitos mobiliários (estantes, mesas, arquivos, etc…), além de 372 novos títulos de livros.

Buscando subsídios para elaboração de novos projetos, a Biblioteca desenvolve várias pesquisas: “Carro Biblioteca”, “Projeto FEPASA”, utilização de microcomputadores em bibliotecas e centros de informações, cursos, concursos e atividades voltadas ao público infanto-juvenil.

Com o crescente aumento de público e nenhuma perspectiva sobre construção de um edifício próprio para sua instalação, a administração da Biblioteca sugere o fechamento do galpão localizado nos fundos do edifício, o que não foi aceito pelo Sr. José Vicente De Nardo, diretor do DECET.

Em face das alterações ocorridas na Biblioteca desde o último regulamento aprovado em 1977, novas revisões são providenciadas e o prefeito Carroll Meneghel aprova novo Regulamento através do decreto 2222 de 11 de setembro de 1985.

No ano foram atendidas 46.947 pessoas, 1.074 novos associados se inscreveram, 61.034 livros foram consultados e 21.606 emprestados.

1986
Mais mobiliários e equipamentos chegam a Biblioteca, entre eles uma fotocopiadora da marca XEROX, solicitação antiga da administração da Biblioteca atendendo inúmeros pedidos de seus usuários.

Muitos projetos foram colocados em prática, a maioria atividades voltadas ao público infanto-juvenil: Projeto Rabisco, Semaninha Monteiro Lobato, Dobrateca, Pipateca, Brinquedoteca, Arco-Íris, Redescobrindo a Cidade, Autor do Mês e Ciclo de Cinema e Literatura.

Visando melhorias na organização do acervo, dois novos sistemas de recuperação e informação foram criados e colocados em prática: Arquivo de Folhetos e Arquivo de Recortes de Jornais.

O sistema de livre acesso às estantes que foi implantado na Sala Infantil desde 1981, é estendido ao acervo de literatura e biografias. A falta de espaço físico da Biblioteca impede a ampliação do sistema de livre acesso ao restante do acervo.

Este foi o ano de maior investimento em compras de livros; foram adquiridos 1.794 volumes.
Vários escritores participaram do projeto “Autor do Mês”: Mirna Pinsky, escritora infantil e os poetas Antonio Zoppi e Ana Maria Favarelli.

Rachaduras nas paredes começam a comprometer a estrutura do edifício devido ao excesso de peso provocado pelo crescente acúmulo de livros, equipamentos, mobiliários, funcionários e público, acumulados no pavimento superior do prédio, construído na década de 30 para abrigar uma escola de primeiro grau e não uma biblioteca.

Nesse ano são atendidas 53.111 pessoas, 54.784 obras são consultadas e 31.360 livros são emprestados. Inscrevem-se também 1.412 novos associados.

1987
Roberto Francisco Salgado Magri divulga seus trabalhos poéticos na Biblioteca logo no início do ano.

Críticas são feitas aos funcionários da Biblioteca, que interrompem o atendimento mais cedo para socorrer o acervo que estava sendo danificado pelas águas das chuvas, devido ao problema das calhas.

Através de incentivos e benefícios fiscais proporcionados pela Lei Sarney, inúmeras doações chegam à Biblioteca. Everardo Müller Carioba S.A. e Nicoletti Indústria Têxtil foram as primeiras empresas a doarem livros, num total de 693 volumes.

Reúnem-se na Biblioteca integrantes do grupo que formam a Cooperativa de Poetas de Americana para discussão do próximo lançamento de livro promovido pelo grupo.

Funcionárias da Biblioteca que reinvindicavam há dois anos melhorias salariais e condições de trabalho mais adequadas, entram em greve, mas são demitidas. Usuário inconformado com a atitude do prefeito solidariza-se com as funcionárias demitidas e escreve um artigo para o jornal “O Liberal” elogiando os trabalhos desenvolvidos pelas funcionárias.

O DECET e a Biblioteca promovem o I Concurso de Poesias e lançam o livro “Ame”, contendo as poesias selecionadas e premiadas no concurso.

Em comemoração ao nascimento de Monteiro Lobato, a Biblioteca realiza a Semaninha Monteiro Lobato, trazendo para conversar com as crianças a renomada escritora infanto-juvenil Teresa Noronha, e a ilustradora Sandra Aymone.

Dia 04 de maio é contratada a bibliotecária Ursulina Bianco Antonio, que passa a responder pela Biblioteca após a transferência da bibliotecária Jocely Rodrigues Teixeira para o CEESA – Centro Estadual de Edução Supletiva de Americana conforme portaria n. 1987 de 14 de maio assinada pelo prefeito Carroll Meneghel.

Sempre com a preocupação de atrair os leitores infantis, a Biblioteca segue com seus trabalhos voltados para esse público; ainda durante o ano aconteceram o Dia da Pintura, Teatro de Fantoches, Brinquedoteca, Dobrateca e Montateca.

Em agosto Maria Aparecida de Ângelo Oliveira, a primeira bibliotecária do município, em solenidade realizada no gabinete do prefeito, entrega o Livro de Ouro de inauguração da Biblioteca no dia 12 de novembro de 1955.

O empréstimo de periódicos é interrompido pela bibliotecária como medida de preservação do acervo.

Menores infratores arrombam e danificam acervo e mobiliários na Biblioteca por falta de segurança noturna.

O atendimento registrou 56.369 pessoas, 32.512 livros emprestados, 39.443 consultas e 1.446 novos associados.

1988
Diversas atividades são programadas e desenvolvidas durante o ano: confecção de máscaras para o carnaval, semana do artesanato em argila, semana do cartaz – como vejo a biblioteca, e comemorações cívicas (Dia do Índio, Descobrimento do Brasil, Tiradentes, Dia do Trabalho e Dia do Folclore).

A nova bibliotecária faz alterações no regulamento da Biblioteca, e este é aprovado pelo decreto n.2642 de 18 de janeiro, pelo prefeito Carroll Meneghel.

Altera-se o horário de atendimento, que passa a ser de segunda a sexta das 8h às 21h e aos sábados das 8h às 17h.

A Biblioteca, sem segurança noturna, é arrombada 5 vezes durante o ano. Elementos não identificados, além da prática de furtos, danificavam suas instalações e mobiliários.

A Prefeitura patrocina uma viagem a 10a Bienal Internacional do Livro aos funcionários e usuários da Biblioteca.

São atendidas 58.495 pessoas, 29.151 livros são emprestados, 72.378 obras são consultadas, e o número de associados inscritos foi de 1.218.

1989
Em janeiro, a convite de Wilson Camargo, novo Diretor do DECET, Jocely Rodrigues Teixeira reassume a direção da Biblioteca Municipal , e Ursulina Bianco Antonio é transferida para o CEESA.

Com o crescente aumento de usuários, a nova administração municipal retoma os estudos para transferência do prédio. A proposta inicial, era a transferência para as antigas instalações da Prefeitura (rua Washington Luiz esquina com Vieira Bueno). Segundo o diretor do DECET, a intenção era a ampliação de uma nova ala construída no estacionamento localizado nos fundos do edifício, além da adequação do interior do prédio para instalação da Biblioteca.

Em virtude da falta de funcionários que não podiam ser contratados em razão da legislação eleitoral, a Biblioteca altera seu horário de atendimento. A partir de agosto passa a atender de segunda a sexta das 9h às 20h e aos sábados das 12h às 17h.

Devido a falta de espaço, somente três atividades foram programadas durante o ano: Dia da Argila, Dobradura e Pipateca.

Os periódicos da categoria “lazer” voltam a circular.

Dividindo suas instalações com o Museu de Arte Contemporânea, era frequente a interrupção do atendimento da Biblioteca para que o Museu pudesse promover a seleção de obras para os Salões de Arte que aconteciam anualmente.

Foram atendidas 62.839 pessoas, 35.992 livros foram emprestados, 81.633 obras consultadas e 1.508 pessoas se inscreveram.

1990
Fracassam os planos para a transferência da Biblioteca para as antigas instalações da Prefeitura. Wilson Camargo, aproveitando uma antiga proposta dos funcionários da Biblioteca, estuda o fechamento do galpão localizado nos fundos do edifício. Nesse primeiro projeto considerava-se a transferência somente do acervo para o galpão. No pavimento superior, que seria interligado por uma rampa, continuaria toda parte administrativa e salas de leitura. O fechamento lateral proporcionaria um jardim interno, que viria a ser utilizado para atividades infantis e leitura ao ar livre.
Foi promovido juntamente com a Secretaria de Estado da Cultura, o “Circuito Paulista de Vídeo”, com apresentação de vários documentários.

Atividades para o público infantil também ocorreram: Semana de Férias, Projeto Rabisco e Leitura na Selva, nesta última, a escritora Clementina Malangoline dos Anjos, mais conhecida como Kelé, autora do livro “O sonho acabou?”, esteve presente conversando com as crianças.

O início das obras sofre um atraso pois a Prefeitura depende de autorização da Procuradoria do Patrimônio Público para efetuar as reformas no prédio, pertencente ao Estado.

Em 1990 surgem os primeiros sinais positivos sobre o Projeto de Automação. Reuniões, entre a Biblioteca e o Centro de Informática da Prefeitura ocorrem; vários sistemas são analisados: TAUBIP, MICRO-ISIS, CALCO e SYSBIBLI.
Mesmo enfrentando problemas, cresce o movimento de público. Foram atendidas 86.383 pessoas, 113.738 obras são consultadas, 49.273 livros são emprestados, e 1.835 novos associados são inscritos.

1991
Com a proximidade das reformas, poucas atividades foram desenvolvidas neste ano: Semana de Férias, Projeto Rabisco e Visitas Escolares Monitoradas.

No início do ano, em maio, foram adquiridos dois microcomputadores, além do software SYSBIBLI.
Durante o ano os funcionários da Biblioteca se preocuparam com os preparativos para as reformas do prédio, a implantação do software adquirido e o projeto para transformar a Biblioteca numa Divisão do DECET.

A imprensa, durante o primeiro semestre do ano, cobra com insistência o início das reformas prometidas. Em julho, dia 12, o prefeito Waldemar Tebaldi promulga lei n.2518, que autoriza as reformas necessárias no prédio. Em setembro a reforma é iniciada com o fechamento do galpão.

Em outubro, ladrão tenta furtar os equipamentos de informática e demais objetos da Biblioteca, mas é flagrado pelos vigilantes noturnos.

Com as reformas em andamento, vários investimentos em mobiliários e equipamentos (mesas, cadeiras, estantes, arquivos, armários, balcões de atendimento, estantes, máquina de escrever, etc…) foram feitos no transcorrer do ano.
Mesmo encontrando dificuldades devido aos inconvenientes ocasionados pela reforma, foi registrada a presença de 88.450 pessoas, 57.687 empréstimos de livros, 146.078 obras consultadas e 2.334 novos associados.

1992
A Biblioteca torna-se Divisão do DECET – Departamento de Cultura, Esportes e Turismo no dia 23 de abril, conforme lei n.2577 promulgada pelo prefeito Waldemar Tebaldi.

Devido às reformas, o atendimento ao público precisou ser interrompido por 67 dias entre os meses de julho e agosto. Novos investimentos em mobiliários e equipamentos são feitos, mais funcionários são contratados e treinados durante o ano prevendo-se um crescimento ainda maior de público e serviços após a reabertura da Biblioteca.

Dia 18 de setembro, o prédio totalmente reformado e mobiliado foi entregue à população. Várias atividades foram programadas abrindo o novo espaço “Painel Aberto”; é apresentada a exposição de fotografias “Natura & Cor”, do fotógrafo Célio Ortolan; lançamento do livro do Sr. Waldemar Tebaldi, prefeito municipal; Feira de Livros (com apoio da Livraria São José de Americana e Pontes da cidade de Campinas); e a atividade infantil “Fada, Bruxas e Gnomos”.
De outubro a dezembro mais duas exposições ocorrem: Poesias do Grupo Espaço Literário com as presenças dos integrantes do grupo e apresentação musical de flauta transversal e saxofone de Jociane e Jair Teixeira Filho respectivamente e a exposição “Americana anos 30” com reproduções xerográficas de fotos da cidade na década de 30 e textos de Amauri de Souza.

Após a reabertura, várias escolas se interessaram em trazer seus alunos para conhecer as novas instalações da Biblioteca. Participaram das Visitas Escolares Monitoradas 567 alunos de diversas escolas do município.

O público registrado no ano foi de 83.202 pessoas, 46.830 livros foram emprestados e 81.496 obras foram consultadas. No ano foram inscritos 938 novos associados.

1993
Proporcionando um novo espaço para divulgação artística e cultural, 13 exposições ocorreram durante o ano: Exposição de quadros de Rosalina de La Valle Galgani, “Retratos históricos” de Sérgio Negrão, “Em busca do Eu” com desenhos de Marcelo Loureiro e Textos de Amauri de Souza, “Expressões do olhar” com aquarelas de Marialuiza R. Pazinatto, “A paisagem pede passagem” com quadros de Ary de Souza Ribeiro, “Natura, Cor & Poesia”com os fotógrafos Célio Ortolan e Cleiton Lopes e a poetisa Marialuiza Ribeiro Pazinatto, “I Mostrade Orquídeas” promovida pela Secretaria de Estado da Cultura, “A essência dos elementos” com o Grupo Traç’Art composto por 6 artistas plásticos, “Carioba” exposição histórica com pesquisa de Melquesedec Ferreira e Maria José F. de Araújo Ribeiro, “Camilo” exposição de quadros de Camilo dos Santos, “Semana Nacional do Livro e da Biblioteca” com desenhos confeccionados por crianças de 07 a 12 anos, “Transparências” com aquarela de Lenita Jankovitz Gonçalves e “Poesias Ilustradas” com os grupos Espaço Literário e Traç’Art.

Em abril e outubro foram promovidas Feiras de Livros, objetivando sempre a divulgação da Biblioteca e os lançamentos editoriais.

Para o público infantil foram promovidas: Brinquedoteca nos meses de férias escolares (janeiro e julho), duas exposições de desenhos infantis de Elton Reami e Yuri da Silva Simandi, além de pintura com guache durante as comemorações da Semana Nacional do Livro e da Biblioteca e Dia da Criança. “Visitas Escolares Monitoradas” registrou a presença de 1.463 alunos.

Com a duplicação do espaço após as reformas, o ano registrou um crescimento acima das expectativas. Foram atendidas 176.485 pessoas, emprestados 79.175 livros, 120.136 consultas e 3.095 sócios inscritos.

Durante o ano várias propostas foram apresentadas à diretora do DECET Guiomar Maria Magri, algumas já solicitadas em administrações anteriores, como a Microfilmagem, a Unidade Móvel, as Bibliotecas Ramais, a Videoteca, e a Automação, que dependendo da disponibilidade de verbas do departamento, seriam colocadas em prática no decorrer dos próximos três anos.

1994 a 2004
Em construção.

2005
A Fundação Dorina Nowill para Cegos passa a doar livros em braille à Biblioteca, que ganha mais um acervo importante. O Espaço Painel Aberto promove seis exposições de artistas da região.

As comemorações da semana do livro, em abril, trazem várias classes de ensino fundamental à sala infantil, e a “Marquesa de Três Estrelinhas”, a Emília, recepciona as crianças.

O Site da Prefeitura Municipal de Americana disponibiliza consultas ao acervo (por título, autor e assunto).
O contrato entre a Prefeitura Municipal e o Governo do Estado de São Paulo, firmando a cessão de parte do prédio da escola “Dr. Heitor Penteando” para abrigar a Biblioteca já havia expirado há um ano, e até o final de dezembro, o acervo teria que desocupar o espaço. Um grupo de alunos da escola, ao saberem da mudança iminente, decidiu realizar um evento defronte ao estabelecimento no último dia de funcionamento. O protesto, porém foi em vão: a maioria da população apoiava o retorno da Biblioteca ao centro da cidade.

No dia 25 de outubro, a Biblioteca Municipal comemora cinqüenta anos de existência, e uma cantata de Natal é realizada em frente ao Prédio da Biblioteca, na Praça Comendador Müller, para onde o acervo é transferido, em dezembro.

2006
A Biblioteca reabre em janeiro na Praça Comendador Muller, dividindo o prédio com a Secretaria de Cultura e Turismo.

Devido ao espaço restrito, várias das atividades culturais ficam temporariamente suspensas. São realizadas duas edições da Feira do Livro, uma em março e a outra em agosto.

2007
Durante todo o ano ocorrem as tramitações do processo do novo sistema de gerenciamento eletrônico do acervo.

O software SophiA, da empresa Primasoft, ganha a licitação.

Após alguns meses, o novo sistema finalmente entra em utilização prática. No final de novembro acontece o treinamento dos funcionários e em dezembro começa o processo de migração.

2008
A pedagoga, professora e escritora americanense Cássia Viger promove reforma em uma sala cedida pela biblioteca e estrutura uma Ludoteca, conseguindo doações e apoios diversos.

2009 a 2011
Em construção.

Texto desenvolvido por vários funcionários da equipe da Biblioteca Municipal ao longo de sua existência, embasado em documentos e registros de arquivos históricos. A pedido da ex-funcionária Heloísa Cecília Pavan, fica aqui registrado crédito de sua autoria nos textos referentes aos anos de 1944 a 1993.